Doenças
Ácaro Vermelho:
É parasita noturno, se protegendo e reproduzindo em frestas, rachaduras e vãos, durante o
dia. Seu ciclo de vida pode ser completado em uma semana. Em criadouros pode permanecer por 6 meses, após a retirada das ave.
A transmissão do problema se dá através de objetos "contaminados"como: gaiolas, comedouros, capas de gaiolas, outros acessórios
e pelo próprio trânsito de pessoas de um criadouro a outro.
Eles causam incomodo noturno, quando vão se alimentar (sangue). A ave não dorme direito,
se estressando e perdendo nutrientes ao parasita. Podem causar: diminuição da eficiência reprodutiva nos machos, diminuição
da postura nas fêmeas, diminuição da velocidade de crescimento dos filhotes, fraqueza, letargia, e diminuição de apetite.
Dificilmente leva a morte. Como profilaxia ( prevenção): fazer quarentena das aves
adquiridas, higiene de galpão, gaiolas e acessórios, tratamento preventivo de aves suspeitas, evitar que aves de torneio retornem
diretamente ao plantel, pois podem estar portando o parasita, adquirida de outra ave comprometida.
Ácaro
de Perna e Face (knemidocoptes):
Causa sarna de bicos, penas, e pés, vive sob as sob a pele da ave, em
galerias, promovendo a coceira. A contaminação por este é multifatorial, sendo que as principais são: umidade ambiental baixa,
hipovitaminose A (deficiência de vitamina A), deficiências nutricionais. O ácaro após infecta uma ave, pode ficar até dois
anos, em forma latente (dormente), sem levar o quadro clínico da doença. Causam lesões queretinizadas proliferativas (crostas)
ao redor do bico, anus, pernas e pés. Geralmente as infecções crônicas ( de longa data) levam a deformação de bicos e unhas.
Como profilaxia (prevenção): fazer quarentena e tratamento preventivo das aves, cuidados com a higiene de gaiolas acessórios
e ambiente, correção alimentar, ambiente de criação de aves dever ser bem ventilados e arejado, mas sem corrente de vento.
Piolho de Pena:
Causado por ácaro
que se alimenta da própria pena , as cerdas ficarão com aspecto "roído", quebrado imperfeito e sem brilho. Dependendo da quantidade
de ácaros podem comprometer o vôo e retenção de temperatura ( pois as penas agem como protetor e isolante térmico) Alem do
aspecto estético que fica prejudicado pela presença de penas imperfeitas. Profilaxia ( prevenção): fazer quarentena e tratamento
preventivo das aves, cuidados com a higiene de gaiolas acessórios e ambiente, correção alimentar, ambiente de criação de aves
dever ser bem ventilados e arejado, mas sem corrente de vento.
Isosporose ou Coccidiose:
Agentes
causadores: Isospora lacazei e outras espécies do mesmo gênero. É um micróbio semelhante ao que causa as eimerioses. O reconhecimento
só é feito pelo exame microscópico na fase adulta.
O micróbio é expelido pelas fezes e, ao atingir a faze adulta no chão, pode infectar
os pássaros pelo ar, através da comida e da água.
Os pássaros adultos podem ser portadores da isosporose sem apresentarem os sintomas
da doença, porem as fezes contaminadas podem atingir outros pássaros ou os próprios filhotes.
A infecção se agrava nos filhotes por serem mais sensíveis.
Sintomas: Os pássaros ficam tristes, arrepiados, sem forças para voar, mesmo que
deles nos aproximemos. As fezes se tornam moles e as vezes sanguinolentas. Os olhos ficam com as pálpebras semicerradas, um
pouco inchadas, e, as vezes, purgando. A autópsia revela intestino inflamado, com parede avermelhada,e , as vezes, com sangue.
Manchas esbranquiçadas podem estar espalhadas pela parede intestinal.
Controle da doença: Muita higiene, evitar umidade.
Medicamentos indicados: Vitasol Coccidex, usar por no mínimo 5 dias, ou até o desaparecimento
dos sintoma, ou medicamentos a base de sulfa.
Profilaxia: Limpeza diária das gaiolas. Evitar que pardais e outros pássaros comuns
em liberdade sujem nas gaiolas ou na comida.
Malária ou Plasmodiose:
É transmitida
por mosquito. Agente causador Plasmodium praecox ( existem outras espécies do mesmo gênero).
A malária dos pássaros é produzida por agentes muito parecidos com a do homem, mas
não há contaminação, nem de um nem de outro.
Sintomas: A ave fica arrepiada, febril, não se alimenta, os olhos ficam semicerrados
e ela, freqüentemente, tem dificuldade de respirar. ( a toxiplasmose possui sintomas semelhantes.)
Controle da doença: Em aves já doentes deve-se ministrar cloridrato de quinina, na
dosagem de 1,5 miligrama ao dia. Prepara-se uma solução de 2% e dão-se, em duas vezes, cinco gotas por vez.
Colibaciliose:
É de difícil diagnóstico
em vida. somente um exame feito na autópsia pode detectá-lo. Pode ser confundida com cólera, quando o pássaro morre em pouco
tempo.
Controle da doença: higiene das instalações e imediata remoção do pássaro doente.
Paratifo:
Agente causador: Salmonella
typhimurium ( podem ocorrer outras espécies, excluindo-se a S. pullorum e a S. gallinarum).
Sintomas: Os pássaros ficam "encorujados" e apresentam fezes sanguinolentas. A doença
é fatal, na maioria dos casos.
Controle da doença: Eliminar o pássaro doente e desinfetar muito bem o local.
Cólera:
Agente causador: Pasteurella
avicida
Sintomas: Os pássaros ficam enfraquecidos, as fezes ficam muito moles, sanguinolentas
de de coloração amarelada.
A autópsia revela coração com secreção líquida turvas e sinais de sangue, pulmões
vermelhos, intestinos também vermelhos e sanguinolentos, fígado com lesões de cor acinzentada. A doença se propaga pelas secreções
produzidas na boca e nariz.
Controle da doença. Usar medicamento a base de Sulfa ( sulfatiazol, sulfametazina
etc.)
Medicamentos modernos indicados: Neo-sulmetina SM, que é uma
associação de sulfaquinoxalina e neomicina. Põem-se dez gotas no bebedouro durante três dias. Descansa-se dois dias e repete-se
o tratamento. Avemetasina, que é uma associação de sulfaquinoxalina e sulfametasina (Fonte: ACCESP - Associação dos Criadores
de Curiós de São Paulo).